Inclusão, por que não?

Ideia de que neuroatípicos não podem frequentar ambiente escolar regular é equivocada.
A educação é um direito universal. Independente de gênero, idade, religião ou de condições financeiras e intelectuais, todos devem ter acesso a ela. No ambiente escolar, além do aprendizado acadêmico, os estudantes aprendem a se relacionar uns com os outros e a resolver problemas do cotidiano. No entanto, há pessoas que encontram dificuldades em se inserir nesse ambiente: as neuroatípicas, também conhecidas como neurodivergentes.
A escola, seja ela qualificada ou não, faz parte da vida de jovens e adolescentes. Enquanto os ditos “normais” – ou neurotípicos – estudam em colégios regulares públicos e privados, os estudantes com deficiências psicomotoras acabam sendo delegados a instituições de ensino específicas, como APAEs, mesmo que já tenha sido monitorado e comprovado que essas crianças aprendem melhor no ensino regular.
Quando falamos a respeito das relações sociais nesse meio, a inclusão de alunos especiais é benéfica não somente ao aluno em si, mas também a seus colegas, pois eles crescem aprendendo a lidar com as diferenças, principalmente se forem mais novos. Há barreiras para esse processo, isso é inegável.Entretanto, para uma inclusão plena, são necessários atendimento educacional especializado e apoio ao professor, à família e ao aluno.
Assim como a escola é a base para formação do indivíduo no âmbito acadêmico, é a partir dela que desenvolvemos nossas habilidades sociais, sendo, portanto, essencial para praticar e aprender sobre a tolerância. A inclusão de neuroatípicos na nossa sociedade é necessária, e, como muitas mudanças e inovações, deve se iniciar a partir da educação.