Lutando para evoluir
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Artes marciais trazem equilíbrio e controle emocional e podem ajudar no desempenho escolar.
Lutar é uma das atividades mais antigas da humanidade. Há milhares de anos, muito antes de serem praticadas como esporte, elas tinham como objetivo maior a sobrevivência, sendo utilizadas para defesa contra animais, tribos inimigas, entre outras finalidades. Inseridas no mundo esportivo pelos gregos, no século VII a.C., as lutas evoluíram com a própria história e, hoje, são cultuadas nos quatro cantos do mundo. No Brasil, milhões de pessoas praticam lutas marciais diariamente e, em algumas delas, o país é sinônimo de excelência e qualidade. É o caso do judô e do jiu-jítsu, por exemplo, modalidades em que vários brasileiros se sagraram campeões olímpicos e mundiais, respectivamente.
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Ainda que não tenha chegado ao seleto hall de campeões, o professor de redação do Colégio Monteiro Lobato, Tarso Zagato, é um desses milhões de lutadores anônimos que visitam os tatames com frequência, tendo dedicado boa parte de sua vida às artes marciais. “Treinei jiu-jítsu e judô por mais de 15 anos, entretanto, nunca fui um bom competidor, pois gostava mais de ensinar meus alunos e de me aprofundar no caráter histórico-filosófico dessas artes. Dessa forma, esses esportes me ajudaram a moldar o meu caráter e me trouxeram tolerância, equilíbrio e respeito às pessoas” comenta o docente, que chegou a ser campeão paranaense e vice-campeão paulista de jiu-jítsu.
A prática das artes marciais pode proporcionar muitos benefícios ao ser humano, entre eles, o desenvolvimento das expressões corporais, a moral, o respeito entre os participantes e a promoção da saúde. Esses e outros motivos levaram a estudante Maithê Artigiani Massucci, 15, ao muay thai, arte marcial tailandesa baseada em chutes, joelhadas e cotoveladas. “Desde pequena, sempre fui apaixonada pela modalidade, porém, só comecei a praticar quando fiquei mais velha. Esse esporte me trouxe um maior poder de concentração, autoestima e também me ajudou a perder peso”, conta a aluna do primeiro ano do Ensino Médio.
Na mesma turma, outra aluna também encontra nas lutas qualidades essenciais a estudantes de todos os níveis, especialmente pré-vestibulandos. “Pratico taekwondo porque gosto muito de lutar e me identifico com os princípios que a modalidade prega. Além disso, é uma luta que melhora minha flexibilidade e meu condicionamento físico e intelectual, e ainda me dá controle sobre minhas emoções, uma qualidade muito importante em provas e testes”, conclui Fernanda Zaccariotto, de 15 anos.
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Saiba mais
Segundo registros históricos, a origem da expressão “arte marcial” vem da cultura ocidental. O termo refere-se, mais especificamente, às habilidades de guerrear e de lutar ensinadas ao homem por Marte, deus greco-romano da guerra. Surge a partir daí o nome marcial. Já a palavra arte vem do latim ars, e significa técnica, sendo compreendida também no mundo antigo como qualquer atividade humana ligada a manifestações de estética e de comunicação. De modo geral, as artes marciais, ou militares, como também são conhecidas, abrangem as práticas utilizadas por exércitos em casos de confronto direto homem a homem.
As origens mais remotas da arte marcial são da pré-história, quando o homem primitivo, de uso de um pedaço de pau, pedra, ou osso, golpeou seu semelhante, ou mesmo animais selvagens, em situações de combate. Tais técnicas foram se aperfeiçoando gradativamente e transmitidas às gerações posteriores. Todos os sistemas de combate primitivos que surgiram na pré-história floresceram, praticamente, em todas as partes do mundo. Métodos mais eficazes de eliminar o inimigo foram criados, estudados, aperfeiçoados e ensinados durante toda a história da humanidade. O combate armado e desarmado era um costume tradicional de todas as culturas antigas orientais e ocidentais.
Já nos tempos modernos, as artes marciais saíram do campo de batalha e migraram para as competições esportivas. Como modalidade olímpica, a primeira luta a ser disputada em uma Olimpíada foi a luta olímpica, conhecida também como greco-romana. Depois veio o boxe, que também surgiu na Grécia antiga; o judô, que seria o resumo das artes marciais japonesas; o taekwondo, luta dos samurais voadores da Coreia; e, finalmente, em 2020, está prevista a entrada do wushu chinês, popularmente conhecido como kung fu.
Fonte: http://redeglobo.globo.com/globociencia/noticia/2012/09/criadas-para-autodefesa-artes-marciais-tem-origem-na-pre-historia.html.