Novo método de avaliação melhora rendimento no Ensino Médio

Segundo alunos e coordenadores, sistema permite identificação pontual de dificuldades e maior organização de conteúdos estudados.

A metodologia de avaliação do conhecimento dos alunos é uma das questões mais discutidas no âmbito escolar. Aliar o aprendizado com o desempenho, de maneira correta e justa, é uma preocupação diária de diretores, coordenadores e do próprio corpo docente, os quais buscam constantemente os melhores formatos de avaliação e sistemas de provas.

Pensando nessa questão, o Colégio Monteiro Lobato promoveu alterações em seu sistema avaliativo, visando à readequação do modelo conteudista que foca na preparação exclusiva para os vestibulares. A principal mudança ocorreu na divisão da carga de conteúdo programático juntamente à quantidade de provas aplicadas.

Segundo a coordenação do colégio, o método avaliativo anterior abarcava uma extensa gama de conteúdo por prova, o que resultava em uma maior parcela de alunos com déficit em notas. Por meio de pesquisas e análises, os mesmos conteúdos foram divididos em avaliações menores, tornando os testes mais curtos e focados em assuntos específicos. O novo modelo não só agradou aos alunos, como também possibilitou a eles organizarem seus estudos para suprirem dificuldades pontuais, elevando a produtividade do alunado como um todo.

Ainda que a estratégia tenha se mostrado mais eficiente, o processo aumentou significativamente o trabalho dos corpos docente e diretivo do colégio, fato que não se sobrepõe aos pontos positivos aferidos com a mudança, como o ganho no aspecto didático-pedagógico e uma visão mais individual e personalizada sobre cada estudante.

Em relação ao vestibular, a coordenação se posiciona favorável ao novo sistema pela possibilidade do aumento da produtividade do estudo. O foco em temas específicos fornece condições propícias para um aprendizado singular e consistente, e, mesmo o vestibular sendo uma prova extensa e com questões interdisciplinares, o sistema favorece os passos necessários para alcançar o resultado almejado.

Na prática, o modelo atendeu às expectativas dos alunos da instituição, sobretudo pré-vestibulandos. “O sistema força o estudo diário e gera uma aprendizagem mais eficaz”, avalia Júlia Taquicawa Fukuda, 17, aluna do terceiro ano do Ensino Médio. “Graças à diminuição do conteúdo avaliado em cada prova, a pressão sobre os alunos também diminui”, completa Laura Teodoro de Araújo, que também se prepara para o vestibular.